sábado, 12 de julho de 2008

Bons tempos dos Cavaleiros do Zodíaco e da Bandai!!!

Essa notícia me lembrou um tempo... Ano de 1996, minha Mãe só faltava dar chutes na televisão quando passava um comercial da Bandai que, aqui no Brasil, vendia os bonecos dos Cavaleiros do Zodíaco que, por sua vez, eram caríssimos!!

Projeto de deputado proíbe anúncios para crianças


Entidades de defesa da infância dizem que os pequenos não conseguem “filtrar” a propaganda como os adultos, mas publicitários acreditam que o conselho de auto-regulamentação seria o foro adequado para resolver a questão.

Publicado em 04/07/2008 | Cinthia Scheffer

Um projeto de lei, que aguarda votação na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Deputados, sugere o fim da publicidade de produtos voltados para crianças. A proposta de alteração no Código de Defesa do Consumidor, de autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), faz coro com pais e representantes de entidades ligadas à infância e à adolescência que vêem na propaganda uma forma de oportunismo, que se aproveitaria da inocência deste público. Tal idéia se baseia em pesquisas que mostram que, pelo menos até os 8 anos, as crianças não têm a mínima capacidade de “filtrar” argumentos publicitários. Depois, até os 12 anos, elas sabem identificar a publicidade, mas ainda não entendem a questão mercadológica envolvida nem seu caráter persuasivo.

“À primeira vista, proibir parece uma medida radical. Mas não se trata de censura, e sim de defesa dos direitos das crianças”, diz a coordenadora do Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, Isabella Henriques. Nas últimas semanas, uma série de empresas foram notificadas pela organização não-governamental, alegando abusos em seus comerciais. No alvo estavam, por exemplo, o comercial e o site da boneca Polly, da Pocket Pocket – que, segundo o instituto, “estimulam o consumismo infantil” – e a campanha do suco Tang, da Kraft Foods Brasil, que, na argumentação da ONG, “abusa da credulidade e suscetibilidade das crianças brasileiras”, além de estimular “o consumo excessivo de bebidas industrializadas”.

Isabella defende o fim da publicidade voltada ao público infantil e a necessidade da criação de uma agência reguladora do governo federal para acompanhar e coibir abusos na área. Para rebater bandeiras anti-censura, ela argumenta que a publicidade não é uma obra artística e tem na venda seu único propósito. “A Constituição garante a liberdade de pensamento e expressão artística. Liberdade de ‘expressão comercial’ não existe em lugar nenhum do mundo. E ainda que se entenda na publicidade um mínimo caráter artístico, nenhuma garantia é absoluta. É preciso colocar na balança a atividade e a preservação da infância. E aí, a resposta é muito óbvia.”

Europa

Em alguns países europeus, como Suécia e Noruega, a propaganda voltada ao público infantil é totalmente proibida. Em outros, como a Grécia, a limitação ocorre na divulgação de brinquedos. Para Isabella, o Brasil já tem uma legislação “bárbara” na garantia dos direitos da criança e na defesa do consumidor. Faltaria então, aplicar tais códigos à questão publicitária. “De certa forma, a nossa legislação proíbe a publicidade para criança: o Código de Defesa do Consumidor diz que ela deve ser facilmente identificada como tal e que não pode ser abusiva ou enganosa. Então, se as pesquisas mostram que as crianças não as entendem, elas não deveriam existir.”

Direito à informação

A publicitária Érika Herkenhoff, diretora-executiva da Competence em Curitiba, vê na proibição uma limitação ao direto à informação, mas também defende que deve haver alguma forma de controle quando se trata de crianças. “As pesquisas mostram que as pessoas vêem a publicidade como propostas para uma escolha e a entendem como um serviço. E quando você está falando com adultos, está lidando com alguém que tem defesa e senso crítico. Mas é preciso entender que a criança está vulnerável”, diz. “Tem de haver ética, não só por parte das agências, mas também do próprio anunciante. Porém, o consumo exacerbado é um problema social que não se combate com o fim da propaganda. Ao contrário, ela pode estar a serviço dessa causa também.”

Érika defende um trabalho coletivo entre ONGs, agências e a sociedade para estabelecer critérios e regras. “O Conar [Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária] já avançou muito. Está próximo de ser eficiente, mas as determinações precisam ser colocadas em prática. Precisa acontecer.”

Para Isabella, do Instituto Alana, no entanto, a auto-regulamentação é essencial, mas insuficiente. “O Conar é ‘amarrado’ ao mercado e, por isso, tem um limite de atuação.” Por meio da assessoria de imprensa, o Conselho disse que as leis existentes garantem “ampla proteção ao consumidor em todos os níveis” e que, ao lado delas, a auto-regulamentação propõe soluções muito “rápidas e eficazes” para o mercado publicitário.

O Conar lembrou ainda que suas normas éticas sobre produtos e serviços voltados à criança e ao adolescente foram revisadas em 2006 e que a entidade reconhece e apóia a mobilização da sociedade para defender estes públicos. A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) não se manifestou sobre o assunto.

  • Os grifos (não os animais mitológicos) são meus.
  • Fonte
Manhê, eu quero toddynho!
Esse aí eu não sabia que vinha "achocolatado"... Nevermind...
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(A bela imagem não é vinculada a matéria jornalística)

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